Realidade | Mutilação Genital Feminina

Cada vez acho mais que a humanidade tem uma estranha atracão por tudo aquilo que é dor e tortura. Vejamos por exemplo a inquisição e as suas famosas torturas, ou então as guerras desnecessárias, ou ainda, e talvez pior que isso, atos como a mutilação genital feminina.
Eu sei que se trata de uma questão cultural, e que nos países em que esta prática ainda é recorrente é impensável pensar de outra forma, mas incomoda-me mesmo muito, que seja a própria família a levar clandestinamente (no caso dos países em que a prática é ilegal) a criança para este tipo de procedimento.
Tudo o que envolve tortura, não deve ser considerado tradição, caso contrario poderíamos dizer que o canibalismo era gastronomia, por isso não consigo perceber porque é que as famílias ainda torturam as suas crianças com atos tão bárbaros. Será que as mães dessas meninas, não se lembram de como foi? Como mães, como podem aceitar e considerar normal um ato não antinatural?

É cultura e pronto!
A mentalidade cultural não pode, e não deve ser desculpa para todos os atos cruéis que se praticam.
A prática deste ritual é tão bárbaro que muitas vezes é feita sem anestesia... Conseguem imaginar a dor? Conseguem imaginar o que é ser mulher apenas para conceber e dar prazer ao homem, sem sentir absolutamente nada?
Atualmente a mutilação genital feminina concentra-se em 27 países africanos, Indonésia, Iémen e no Curdistão iraquiano, sendo também praticada em vários outros locais na Ásia, no Médio Oriente e em comunidades expatriadas em todo o mundo.

Como assim?
Geralmente esta intervenção inclui a remoção do clítoris e do prepúcio clitoriano e, na forma mais grave, a remoção dos grandes e pequenos lábios e encerramento da vulva.
Obviamente não se conhecem benefícios médicos para este tipo de prática que pode variar de acordo com a etnia, e claro acarretam consequências para a saúde dependendo do procedimento, mas geralmente estão incluídas, infeções recorrentes, dor crónica, dificuldade de urinar ou escoar o fluxo menstrual, quistos, impossibilidade de engravidar, complicações durante o parto e hemorragias fatais.

Como é que depois disto, alguém ainda acha boa ideia submeter uma filha a tal coisa?
Não me venham com a questão cultural ou dizer que é ignorância... Que tipo de pai ou mãe permite uma intervenção destas mesmo sabendo que possivelmente a vizinha morreu de um infeção, e a irmã mais velha morreu de uma hemorragia?
Os casos de insucesso são tantos que mesmo a pessoa mais ignorante percebe que isso não deve ser feito... Então como chegam a  este ponto?

Fico doente só de pensar... E revolta-me ainda mais que a prática seja recorrente em países onde esta prática é ilegal. Por favor parem de fazer isso às vossas crianças!

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11 comentários:

  1. It is an obscenity.
    And I deplore any culture that claims the practise.

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  2. Como você disse é questão de cultura, eu fico indignada com tal atitude.

    Pode fazer uma gentileza, respondendo a minha PESQUISA DE PÚBLICO do blog?
    Obrigada!

    Big Beijos,
    Lulu on the sky

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  3. É uma questão cultural e sei que acaba por nos chocar mais por não a partilharmos. Ainda assim, confesso que é algo que me faz imensa confusão, e que me deixa doente, tal como a ti, porque é sujeitar o ser humano a algo que, para mim, não se justifica

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  4. This is definitely something that shouldn't exist. Labeling it as part of a culture isn't right.

    www.fashionradi.com

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  5. Isto não é cultura é tortura para não chamar outras coisas piores.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  6. Do pouco tempo que passei em Africa
    podem dizer que é cultura
    mas não, é posse
    de primata pura, penso eu-,*)))

    Beijinhos e um belo dia Teresa-,`

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    1. Nunca tinha visto as coisas por esse prisma, mas creio que tens razão!

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  7. Sem comentários, só de imaginar fico a contorcer-me.

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